Era noite de lua na minha alma por Alexsandre da Silva Carvalho.
Era noite de lua na minha alma
quando surgiste pela vez primeira:
em cada estrela, pelo azul em calma,
florescia uma flor em de laranjeira.
A esperança entreabria a verde palma
ante os meus olhos, tépida, fagueira,
como um aroma que inebria e acalma.
Romaria de amor, doce rameira!
E era um jardim de lírios. Suavemente
sorriu-me a tua boca enamorada,
como as flores que são como tu és...
- "Em que pensas?" - dissestes, a voz tremente
- "Senhora, penso que serás fanada como este lírio que te atira aos pés!"
Autor: Alphonsus de Guimaraens