No século passado, uma notícia falsa era um fato constrangedor para o veículo que a divulgasse e para o autor mais ainda. Danos por notícias enganadoras como as de antigamente parecem causados por estilingue se comparados à destruição em massa da desinformação vinda dos porões digitais. Notícias intencionalmente falsificadas passaram a ser um modelo de negócio na larguíssima escala da computação social. As conseqüências são pervasivas. Afetam a vida privada, a reputação das pessoas, a saúde psíquica de todos. No plano geral, isso não afeta só indivíduos, mas põe a democracia sob risco. Alguns dos ofensores do submundo digital atacam abertamente a democracia. Outros são sutis, dissimulados, mas não menos hostis à razão e ao bom senso. Nesse episódio falei com dois pesquisadores, a Raquel Recuero, da UFPEL e o Fabrício Benevenuto, da UFMG, que mergulharam nos dados das redes sociais e dos grupos de WhatsApp para sair de lá com insights impactantes e informações dramáticas que precisam ser conhecidos.