Pulmão mofado, ainda brado, nada muda, Guimarães. Centrão rachado, analisa Riobaldo, não passa de um feito pelo mal feito. Sela no lombo, tabaco mascado, a vida é boa pra quem vê capim e come. Editores de toga, coronéis do cerrado: ameaçou? Achincalhou? É Peixeira Mont-Blanc e a conta some. Cavalgam em campanha. Em terra batida a cruzada. Por voto, por imposto e por vacinas ainda não comprovadas. Diz que um dia “entra em desuso matar gente”. Mas, no sertão, e “é dentro da gente”, “perder a vontade de ter coragem” é lei. Daí, morrer com medo do que não se vê, só sente, faz empilhar uma penca de número e o número mesmo... nem sei. Sei que se o capitão manda, o general faz. Cabresto para ministro, advogado e capataz. Te conto o conto da nota, duzentos contos e nada mais. Te conto o conselho contado, contados os votos que pode ganhar. - Se a água chega no sertão, presidente, o sertão, prometo, vai vir lhe amar. Esqueça os que cavalgaram contigo, há sempre outro abrigo para “sestar”. E quem quiser que chegue junto, vagas abertas o ano inteiro: para aspone, nova claque, ministro da saúde e amigo do peito. Só preste atenção no relincho, pois: “Cavalo que ama o dono”, com a licença que me cabe, Guimarães, “até respira do mesmo jeito”.