O voto papel, o papel a que se presta.
Gravata no joelho.
Microfone, papelão.
Um enredo se desfralda bem antes da eleição.
Horas contam, contam votos, papelzinho, mão a mão.
Bate bafo com o malote, só bolinha de sabão.
Estado chave, quem aposta, onde que cai, cai balão?
O azul era vermelho.
Tudo interrogação.
Para a contagem.
Conta de novo.
Volta a contagem, vai até o fim.
Um cochilo, duas mentiras, volta a câmera pra mim.
Há um novo presidente e a contagem não acabou.
Se conta com a justiça.
Se conta com tuítes.
Se conta com a manchete que o jornal noticiou.
Vendo urna seminova, tratar direto com o vendedor.
Pronta entrega, coisa fina.
Preço de quem fabricou.
Junto foi na caixa, o apoio que sonhou.
É que foi pelo correio e por isso não chegou.