Stefani Onesko, Silvio Grimaldo, Luciano Oliver e André Assi Barreto apresentam e discutem uma das mais perfeitas novelas da literatura ocidental.
Ivan Ilitch, um funcionário público do sistema judiciário russo que acreditava ser um homem especial e comprometido com o papel que desempenhava, afinal, seguia as convenções sociais como acreditava ser o correto. Era um homem que possuía um desejo e interesse descomunal na sua ascensão profissional e no status financeiro. No entanto, quando se depara com uma doença torturante e angustiante, os questionamentos sobre sua vida aparecem.
“A Morte de Ivan Ilitch” é uma reflexão poderosa sobre a morte, o nosso denominador comum. Quando a morte se aproxima, a maior parte das pessoas a encaram como algo inaceitável e injusto, mesmo sendo a maior certeza de todas. É como se nós, enquanto seres humanos, precisássemos de justificativas lógicas para aceitar a morte, algo que parece distante de nós, mas certo para os demais. Ivan Ilitch, o personagem principal desta novela de Tolstoi, viveu de um modo a se esquecer que a morte chega para todos e, às vezes, de maneira traiçoeira. A indiferença para com o fim da vida, além da sua própria trajetória lhe custaram a seguinte conclusão, só revelada no leito da morte: a aflição de se saber mortal, ou ainda pior, de constatar ser o protagonista de uma vida sem sentido.
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