“Como não me sentir perdida quando atravessada, atropelada, injustiçada e decepcionada?”; “O que faço com minha vontade de receber um colo para dizer que está tudo bem, apesar da traição e da ingratidão?”; “Como não me sentir inadequada nem incorreta com tantos atravessamentos de pessoas umbigadas?”
Ainda não tenho as respostas, mas sei que aprendi muito com as dores que me colocaram em verdadeiro desespero e que agora, quero compartilhar com você, o caminho do enfrentamento que percorri em meu resgate de saúde existencial. Ao aceitar o fato de que fui magoada e ferida, acolhi o desespero de me ver distanciada desses indivíduos e entendi que como pessoa ferida, fiquei cega para muitas situações. Pensando bem, ao me distanciar daquilo que era tóxico, das pessoas que me atravessaram, descobri muitas coisas a meu respeito e fiquei encantada quando me dei o direito de dizer: “_ Isso eu não gosto. _Isso eu não quero mais. _Isso eu não me autorizo mais”.
Hoje, me sinto dentro de mim, mas nem sempre foi assim…
Os personagens deixaram de ser os indivíduos que me fizeram mal e passaram a ser mestres de meus próprios sentimentos e da maneira de lidar com a inospitalidade em mim. Não mudarei pelas críticas nem me autopunirei. Minha mudança deve acontecer pela conexão dos meus propósitos, respeitando minha história e o que é importante para mim.
É só na crise que a gente se conhece. Por que?
Porque a gente não suporta sofrer e isso é sabedoria. Por instinto de sobrevivência, a gente procura o novo e busca inovar e se renovar, pois é no fundo do poço que a gente bate e volta. Volte para você e se dê uma chance.
Continua e vem comigo nesta travessia. Se tem vida, tem jeito.
Karina Okajima Fukumitsu
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Agradecimento especial para Gabriela Ribeiro Sabio de Melo, minha filha espiritual, pela travessia compartilhada.
Texto e Produção: Karina Okajima Fukumitsu
Edição: Dotfilms
