O quarto episódio do PAPO COOP traz para o palco Silvio Bugelli, cofundador da Metanoia Propósito nos Negócios e Educador em Cooperativas. Desvendando o histórico das transformações econômicas da história, ele reflete sobre o tema COOPERATIVISMO E A CULTURA DA NOVA ECONOMIA.
A economia faz parte das nossas vidas. Querendo ou não, estamos conectados a ela durante toda a nossa trajetória. Caminhamos ao seu encontro, enquanto ela faz o mesmo movimento. Indistinguível. Indispensável. Assim também é a cultura, presente em nosso dia a dia das formas mais diversas possíveis.
Mas e a cultura de economia? Para entender esse conceito, é preciso analisar alguns comportamentos históricos, assim como o nosso próprio desenvolvimento como sociedade. Afinal, para existir uma nova cultura de economia – ou cultura da nova economia - é preciso que algo tenha estado presente anteriormente.
“Muitas vezes nos preocupamos com algo que é transitório. E a cultura é algo transcendente”
A cultura não é estática. Ela se transforma, e flui através do tempo. Ela não fica no passado. Nem está condicionada ao futuro. Ela é, como o próprio ar, um conceito e fenômeno onipresente.
Bugelli inicia a conversa destacando o seguinte: o grande desafio do cooperativismo é a criação de uma cultura. Para entender isso, e quais são essas barreiras, ele retorna para a Grécia Antiga, a fim de entender o conceito de administração.
Períodos como a Revolução Industrial criaram um modelo de como atuar nos negócios. Uma padronização, que seguia uma sequência de atos resumidos a “planejar, organizar, controlar”. A “velha” economia fordista seguia esse modelo. Processos e normas criadas com olhar o futuro lucro.
“A especialização da administração fez com que as pessoas se transformassem em coisas, em objetos”
Tal modelo reduziu pessoas a simples peças na máquina produtiva mundial. E como peças, tal filosofia tratava pessoas como substituíveis, descartáveis. É como resposta a esse velho modelo, que surge o cooperativismo.
Um movimento criado a partir de uma cultura de cooperação. De processos focados em pessoas. E assim tem sido, desde o seu surgimento como movimento. E muito antes disto também.
“Estamos pensando nossa cooperativa com a essência da cooperação, ou caímos na armadilha da distorção de uma organização?”
Bugelli traz para a reflexão um pouco de história. Na Grécia Antiga, comunidades de trabalho se juntavam em espaços comunitários, onde ninguém era dono de nada, mas compartilhavam o que tinham. Surge aí, séculos no passado, o primeiro indício do que se tornaria o cooperativismo que conhecemos hoje.
Neste embrião do cooperativismo surge também a economia, que ao longo do tempo, se transforma para atender às demandas da sociedade, transformando-se no que conhecemos atualmente.
“O humano é sujeito, não objeto”
Na nova economia, é necessário resgatar a essência pautada no fator humano. Trazer de volta um cooperativismo que tenha como base a relação entre pessoas, deixando de lado as fontes que abastecem aqueles que não seguem a filosofia cooperativa.
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