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Prólogo



O convite deste espaço é uma travessia que faz fronteira com o inconsciente aberto: poesia é forma pura de diálogo e expressão da pessoa que escreve com o saber sobre o qual escreve. A poesia dá ao inconsciente um vínculo com o corpo da palavra. O saber criativo da poesia dá um lugar ao que se expressa livre pela metáfora. Ressoa e se apresenta como uma voz do inconsciente numa forma de linguagem.

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Episódio

Fernando Pessoa foi um escritor de muitas línguas e mundos. Nascido em Lisboa (Portugal), teve a maior parte de sua educação realizada na Africa do Sul. Pais no qual estudou em uma escola irlandesa.

Pessoa foi marcado pelo tempo e pela mudança, perdendo o pai e um irmão ainda quando criança. Depois acompanhando a perda de boa parte do capital financeiro da família e se mudando para Africa Do Sul com a mãe.

Mesmo estando na Africa, toda. Educação de Fernando foi inglesa, sendo fortemente influenciado por Shakespeare, Edgar Allan Poe, Lord Byron. E ganha o prémio de literatura “Queen Victoria Memorial Prize”, por um ensaio que escrevera em 1903 ao tentar ingressar na faculdade Universidade do Cabo da Boa Esperança.

Em 1905 Pessoa retorna para Lisboa e cursa meio ano de letras na Universidade de Lisboa. Depois desse momento, segue dedicado a tradução de livros (como os contos de Edgar Allan Poe) e cartas comerciais.

Ao 47, em 1935 pessoa morre e com ele seus heterónimos, “personalidades” “personagens”  de si mesmo que marcaram boa parte de suas obras.

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Vivem em nós inúmeros;

Vivem em nós inúmeros;

Se penso ou sinto, ignoro

Quem é que pensa ou sente.

Sou somente o lugar

Onde se sente ou pensa.

Tenho mais almas que uma.

Há mais eus do que eu mesmo.

Existo todavia

Indiferente a todos.

Faço-os calar: eu falo.

Os impulsos cruzados

Do que sinto ou não sinto

Disputam em quem sou.

Ignoro-os. Nada ditam

A quem me sei: eu escrevo.”

— 13-11-1935

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Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,

Não há nada mais simples

Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.

Entre uma e outra todos os dias são meus.”

— Alberto Caeiro, "Poemas Inconjuntos". Athena n.º 5, fevereiro de 1925

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Epílogo

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