Nesse episódio, Mirella nos leva ao laço interno, esterno, fugaz e sublime da voz
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Uma voz, a voz, voz. Voz própria, incerta, reclama. Voz própria, certeira, afirma. Ecoa, ecoa, protesta e suplica. Encontra, ameaça, abraça.
É caminho e direção que pulsa sem roteiros a borbulhar. Se entrega como sêmen e rega o silêncio barulhento do meu por dentro. Não me suporto calada. E a voz insiste. Insiste.
Fala. Produz minha fala e devotada expressa o princípio num ensaio do que sinto, ainda tímida. descola-se por si mesma de dentro de mim, emerge como verbo, espectro encantado implora. Alguém me escuta? Alguém?
Alguém me escuta? A palavra, então, em si me aparece, branca, cálida, doída, tímida. Salgada, eufórica, doida. Falei.