Na última semana, uma comitiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com representantes das secretarias de Aquicultura e Pesca (SAP), de Defesa Agropecuária (SDA), de Política Agrícola (SPA) e de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF) esteve no estado do Rio Grande do Norte para conversar com os pequenos e grandes produtores da região. O objetivo da visita foi ouvir as principais demandas do setor pesqueiro e debater soluções para a cadeia produtiva do camarão e do atum.
Há 195 km de Natal, no município de Pendências, encontra-se a maior fazenda de engorda de camarão do Brasil, a fazenda Potiporã. São 1,2 mil hectares produzindo em média 800 toneladas de camarão por mês. A empresa distribui seus produtos para todos os estados brasileiros, de Manaus a Porto Alegre.
O dono da fazenda, Cristiano Maia, disse que um dos desafios para o setor é estimular o aumento do consumo de camarão entre os brasileiros.
Na fazenda Papeba (RN) fica a propriedade da engenheira de pesca e empresária, Silvana Pereira, 53 anos, que junto com a mãe realizam a engorda do camarão marinho Litopenaeus vannamei, que é um tipo cultivado no Brasil desde a década de 80.
A fazenda primeiro compra a pós larva do animal (que é o camarão no início da vida) oriunda de laboratórios especializados para começar a adaptação nos berçários ou viveiros. Para ser comercializado, o camarão precisa atingir um peso acima de 10 gramas, e aí é que começa a fase da chamada engorda. A fase de engorda é a segunda etapa do processo produtivo e a fase caracterizada pelo crescimento do camarão.
A criação de camarão em cativeiro é uma prática conhecida como carcinicultura, e em 2020, o Nordeste foi responsável por 99,6% da produção brasileira de camarão, liderada pelo Rio Grande do Norte e Ceará. Quando falamos em exportação, os principais destinos do camarão brasileiro são os Estados Unidos, China e Hong Kong.