Carta aos Hebreus 4,1-5.11
Irmãos,
[1] tenhamos cuidado, enquanto nos é oferecida a
oportunidade de entrar no repouso de Deus,
não aconteça que alguém de vós fique para trás.
[2] Também nós, como eles, recebemos uma Boa-Nova.
Mas a proclamação da palavra de nada lhes adiantou,
por não ter sido acompanhada da fé naqueles que
a tinham ouvido,
[3] enquanto nós, que acreditamos, entramos
no seu repouso.
É assim como ele falou: "Por isso jurei na minha ira:
jamais entrarão no meu repouso".
Isso, não obstante as obras de Deus estarem terminadas
desde a criação do mundo.
[4] Pois, em certos lugares, assim falou do sétimo dia:
"E Deus repousou no sétimo dia de todas as suas obras",
[5] e ainda novamente:
"Não entrarão no meu repouso".
[11]Esforcemo-nos, portanto, por entrar neste repouso,
para que ninguém repita o acima referido exemplo
de desobediência.
Palavra do Senhor.
REFLEXÃO
O nosso texto continua a tratar o tema da fidelidade.
Enquanto dura o ‘hoje’, há que não deixar endurecer o
coração, afastando-se de Deus pela incredulidade.
Este afastamento era uma tentação permanente,
não só para os cristãos que tinham vindo do judaísmo,
mas para todos os que tinham recebido a revelação
final e a luz em Cristo e através de Cristo.
Voltar à incredulidade equivalia a quebrar relações com
Deus, a pecar contra a luz, a recusar percorrer o único
caminho que pode levar à luz e à vida,
ao ‘repouso’ de Deus.
A promessa feita a Israel continua válida para os crentes
em Cristo, mas a ‘boa nova’ anunciada por Deus deve
ser acolhida na fé.
Este acolhimento é uma opção dinâmica que exige
compromisso perseverante, a nível pessoal, uma vez
que a fé na Palavra é sempre inovada e traduzida na
vivência pessoal, mas também a nível eclesial, porque
é na comunidade dos crentes que a
Palavra é transmitida.
Se assim for, o povo de Deus pode caminhar na unidade
rumo à meta indicada pelo Senhor.