Livro dos Provérbios 30,5-9
5 A Palavra de Deus é comprovada. Ele é um escudo para os que nele se abrigam.
6 Não acrescentes nada às suas palavras, para que ele não te repreenda e passes por mentiroso!
7 Duas coisas eu te pedi; não mas recuses, antes de eu morrer:
8 afasta de mim a falsidade e a mentira, não me dês pobreza nem riqueza, mas concede-me o pão que me é necessário.
9 Não aconteça que, saciado, eu te renegue e diga: "Quem é o Senhor?"
Ou que, empobrecido, eu me ponha a roubar e profane o nome de meu Deus.
Palavra do Senhor.
REFLEXÃO
A nossa leitura começa com uma reflexão sobre a palavra de Deus.
Depois, vem uma prece sapiencial que tem por tema a pobreza e a riqueza.
O Livro dos Provérbios reflete atentamente sobre a pobreza e sobre a riqueza.
O ideal da sabedoria não é a pobreza, mas o bem-estar, que é uma bênção de Deus.
Procurá-lo é um dever.
O Livro dos Provérbios condena duramente a preguiça e a falta de empenho.
Mas, se o bem-estar é uma bênção, não quer dizer que o pobre seja um maldito ou castigado.
São muitas, no Livro dos Provérbios as recomendações em favor dos pobres.
Ajudá-los é um dever.
É preciso também lembrar que a felicidade não se encontra só na riqueza, mas na riqueza
acompanhada pelo temor de Deus, pela justiça e pela concórdia:
Na casa do justo há riqueza abundante; mas o rendimento dos maus é fonte de perturbação.
Finalmente, o Livro dos Provérbios admite que a excessiva riqueza pode trazer grandes perigos
morais, tais como a auto suficiência, que julga não precisar de Deus nem dos outros.
A riqueza material facilmente se torna riqueza de espírito.
Por isso, o sábio pede a Deus que, nem lhe dê a miséria que leva à rebelião nem lhe dê
excessiva riqueza que leva a esquecê-lo.