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Profecia de Ezequiel 2,2-5

2 Naqueles dias, depois de me ter falado, entrou em mim um espírito que me pôs de pé.

Então, eu ouvi aquele que me falava,

3 o qual me disse: "Filho do homem, eu te envio aos israelitas, nação de rebeldes,

que se afastaram de mim.

Eles e seus pais se revoltaram contra mim até ao dia de hoje.

4 A estes filhos de cabeça dura e coração de pedra, vou-te enviar, e tu lhes dirás:

'Assim diz o Senhor Deus'.

5 Quer te escutem, quer não - pois são um bando de rebeldes - ficarão sabendo que houve entre eles um profeta".

Palavra do Senhor.

REFLEXÃO

A profecia de Ezequiel se desenvolve após a incursão de Nabucodonosor, rei da Babilônia, em 597 a.C., na qual levou ao cativeiro muitas pessoas, entre as quais o rei Jeconias e o próprio profeta, que era sacerdote.

O livro contém visões do profeta que falam ao povo de Judá a respeito da condição de vida em uma terra estrangeira.

No início, a visão descreve a vocação do profeta como quem deve falar, em nome de Deus, às pessoas.

O trecho da leitura deste domingo se encontra nessa seção inicial.

Ezequiel narra que o Espírito de Deus o colocou de pé – sinal de prontidão e disposição – para ouvir e, consequentemente, comunicar o que ele estava acolhendo.

Em seguida, Deus fala a respeito da missão do profeta e explica quais são as características dos destinatários das palavras da sua profecia: nação de rebeldes, desobedientes, revoltados, face dura, coração obstinado e indóceis a Deus.

Mesmo que o povo não escute o profeta, deverá saber que houve alguém entre eles anunciando a Palavra de Deus.

Essa passagem do livro de Ezequiel proclamada na liturgia não explicita o conteúdo do que o profeta deveria dizer ao povo.

Ela mostra o grande desafio com o qual o profeta deparará e, além disso, como Deus insiste com ele e o encoraja para aquela missão.

A profecia será possível por causa da ação de Deus por meio do profeta, não pelas próprias forças deste.