Estou surpreso e triste com as notícias que acabo de ler e que me dão conta de que mães brasileiras estão denunciando escolas primarias portuguesas por maus-tratos. Seus filhos, afirmam, estão sendo vítimas de xenofobia. É um absurdo! Difícil de acreditar, confesso. Conheço bem Portugal, estive nesse País por várias vezes e sempre fui muito bem tratado. Tenho muitos amigos lá e ótimas recordações.
Inúmeros brasileiros vivem hoje em Portugal. A maioria deixou o Brasil em busca de uma vida melhor, com mais segurança. Assim como muitos portugueses, que em diferentes ocasiões escolheram viver aqui. Não tenho conhecimento de que qualquer português tenha sido maltratado por causa da sua nacionalidade ou por estar tirando espaço de trabalho de um brasileiro. Aqui todos foram muito bem recebidos e sempre se sentiram em casa. Inclusive os recém-chegados, que deixaram a boa terra por causa da crise econômica de 2008. Muitos, aliás, no Brasil fizeram fortunas. Nada contra.
Algumas dessas mães recorreram primeiro à direção das escolas e depois à polícia. Querem com justa razão, que providências imediatas sejam tomadas a fim de coibir estas agressões, mesmo que cometidas por crianças. Nesses casos, os pais devem ser advertidos e orientados para que, por sua vez, possam orientar adequadamente os seus filhos.
A xenofobia, já está mais do que provado, não faz bem em canto nenhum do mundo. Até porque o seu paraíso de hoje pode amanhã virar um inferno e obrigá-lo o se movimentar para terras distantes. E ninguém gosta de ser maltratado, ainda mais seus filhos... Já pensou vê-los chegar em casa entristecidos por terem sido humilhados pelos colegas?
Não, isso não é bom para nenhuma criança, qualquer que seja a sua cor, nacionalidade, religião ou gênero. Sabemos que isso tem reflexos ruins em sua fase adulta. Melhor, sempre, é cortar o mal pela raiz.
Espero que as autoridades tomem as providências devidas e necessárias e que estas crianças brasileiras, junto com as portuguesas, aproveitem bem esta fase da vida e se tornem adultos saldáveis, solidários, pacientes e empáticos!