Não há sina
quando dispara no meu peito a carabina,
no mundo nada mais me azucrina,
de nossos corpos
quase mortos
só resta a ruína;
ela é o veneno que me contamina,
o que não sei ela ensina,
meu desajeito afina;
seu corpo é o aviso
que hei de conhecer o paraíso;
tempo impreciso,
enfeitiçado
não há futuro, nem passado,
só há o agora,
a gente se demora,
nem vê passar a hora;
que se exploda lá fora
o universo
de amor nosso último verso