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O jornalista e escritor Eumano Silva explica como é fazer jornalismo de excelência, que é o jornalismo de investigação, que trabalha no limite da informação, da tensão política e tensão social. Ele relata sua experiência sobre relação intensa com as fontes, como é conversar com pessoas muito sofridas, como o caso da uma mulher que lhe contou história da sobrinha que havia sido estuprada coletivamente por soldados durante a guerrilha do Araguaia. “É muito forte, porque você não se prepara para enfrentar isso. Você aprende no processo de apuração, no dia a dia, na relação com as fontes. Precisa estar muito convicto de seus objetivos, não criar falsas expectativas e contar a verdade”, explica.

Eumano chefiou as sucursais das revistas Época e IstoÉ, foi editor de Política no Correio Braziliense, editor-executivo no Congresso em Foco e editor-chefe da revista Veja Brasília. Como repórter, trabalhou na Folha de S.Paulo, Veja, O Estado de S.Paulo e Diário do Sul. Ganhou o Prêmio Jabuti de Melhor Livro-Reportagem, com a obra Operação Araguaia: Os Arquivos Secretos da Guerrilha, e o Prêmio Esso Regional de Reportagem. Autor do livro “A morte do diplomata”, que trata da morte de Paulo Dionísio de Vasconcelos, em Haia, na Holanda, em agosto de 1970.