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O repórter Pablo Pereira aposta na nova geração de jornalistas que chega às redações, mas com interação de repórteres experientes, que será fundamental para o desenvolvimento do bom jornalismo. “Apostar no trabalho dos jovens, com os cuidados técnicos que o time exige e apoio dos mais experientes. As redações precisam ter algumas âncoras de apuração mais profunda, com jornalistas experientes interagindo com repórteres novatos”.

Pablo afirma que só tem um jeito de superar a onda das fake news, das novas verdades no jornalismo, que é fazendo informação com qualidade. “É fazer muita apuração, mais apuração e apuração”.

Para conquistar fontes, buscar a informação completa, aponta o repórter, é preciso falar com várias pessoas, cruzar dados, informações, depoimentos. “Isso tem que ser radicalizado. Cruzar as fontes antes e chegar ao lead”. 

Fala também em “limpar o mercado dos maus jornalistas”. “É preciso critério, esforço e muito trabalho. O leitor entende, o retorno acaba vindo”, diz lembrando cobertura de invasão de embaixada do Japão em Lima, no Peru, quando trabalhou sozinho por vários dias, com plantão de 24 horas, para não perder informações importantes para o material. “Bom jornalismo se faz com muita persistência”, recomenda.