O podcast Agulha apresenta hoje o trabalho investigativo da repórter Adriana Farias. Ela conta como descobriu, em 2014, a história de Loemy, uma promissora modelo que veio do Mato Grosso para São Paulo e se transformou em dependente de drogas. O caso ficou conhecido como “modelo da Cracolândia”. Ela relata como ocorreu a aproximação com a mulher, como a empatia é importante e possibilita a prática do jornalismo humanitário.
A repórter teve de negociar com chefias do tráfico para fotografar a ex-modelo na Cracolândia. Mostra como está sendo acompanhar a vida de Loemy até hoje. “É uma das minhas grandes histórias. Nos transformamos em amigas”, diz a jornalista.
Outra reportagem-denúncia, que rendeu intimidações e ameaças, trata do trabalho infantil em plantações de cacau na Bahia e no Pará. Um trabalho que levou 4 meses entre preparação da pauta, apuração e edição. Foram percorridos milhares de quilômetros na Bahia e no Pará, em 15 fazendas para encontrar crianças de 5 a 10 anos atuando em jornadas exaustivas, faltando à escola. “Nada melhor do que o jornalismo gastar muita sola de sapato, mas não tem outra alternativa”.
A repórter mostra que a lei de acesso à informação possibilitou obter documentos comprovando que grandes empresários já punidos no passado voltaram a cometer o mesmo crime. “São informações públicas, mas de difícil acesso, e foi necessário muito esforço para ser atendida”.
Adriana vem atuando em jornal, revista, on-line e TV nas áreas de reportagem investigativa e produção, como TV Cultura, Folha de S.Paulo, Veja SP e Record TV nas áreas dos direitos humanos, justiça, segurança pública, administração pública, saúde, educação entre outros. Atualmente é repórter do núcleo de documentários da CNN Brasil chamado Séries Originais realizado pela DOC.Films Produtora.