Cada cultura, cada povo, cada tempo e movimento acaba criando um lema:
· Os gregos diziam: “Seja sábio; conheça-se a si mesmo”
· Os romanos diziam: “Seja forte; discipline-se!”
· Os educadores dizem: “Seja versátil; expanda a sua mente!”
· Os psicólogos dizem: “Seja confiante; afirme-se!”
· Os materialistas dizem: “Satisfaça-se; agrade a si mesmo!”
· Os humanistas dizem: “Seja capaz; acredite em si mesmo!”
O que há de comum nestes conselhos, nessas orientações que aqui e ali recebemos, camufladas no cotidiano e veiculadas pelas variadas fontes de informação aos quais temos acesso hoje?
“Você, você mesmo, a si mesmo” = É o ego acima de tudo! A exaltação do “eu” e a extrema preocupação consigo mesmo!
Mas o que Jesus ensinou foi: “Seja servo!” “Conheça as pessoas, se aproxime e se relacione com elas, cuide delas, acredite em relacionamentos simples e sinceros e conduza a sua vida voltada para fora de si mesmo!”
O texto que lemos acaba sendo um RETRATO DE NÓS MESMOS!
Nos identificamos com Tiago e João, também não estamos felizes com o anonimato ou com a posição onde Deus nos tem colocado...
De uma forma ou de outra também estamos clamando a Jesus: conceda-nos o que vamos lhe pedir, nos ajude a alcançar os “nossos” objetivos... nos auxilie a ser mais do que todos os outros, nos dê mais do que tens dado aos outros...
Em linhas gerais há aqui um CONFLITO DE VALORES!
São os valores humanos se impondo sobre os valores celestiais ou divinos!
De um lado, os discípulos – representados no texto por Tiago e João carregados de desejos humanos e tomados das formas humanas de funcionamento das coisas...
...e, de outro, Jesus – o Deus que se fez homem, com todo seu sistema de valores originados nos céus e fundamentados nos princípios divinos!
Os PADRÕES HUMANOS DÃO IMPORTÂNCIA ao sentar-se do lado direto e esquerdo de Jesus, mas esse tipo de pensamento é tão somente uma transferência dos valores desta dimensão para aquela dimensão!
Parece ser sempre esse o desejo humano! Queremos que o céu funcione como o nosso mundo funciona.