Era um domingo, 13 de maio de 1917. Acompanhados de seus familiares, Lúcia, Francisco e Jacinta foram à missa bem cedo na matriz da Paróquia. Voltando pra casa, trocaram as roupas de domingo, comeram alguma coisa e saíram com o rebanho dos pais, buscando pastagem. Era já quase meio-dia quando chegaram ao local conhecido como a Cova da Iria levando o rebanho. O rebanho pastava tranqüilo, as crianças brincavam. De repente troveja, sopra um vento suave, como se preparasse uma chuva. As crianças começaram a juntar as ovelhas pra voltar pra casa. Mas antes de saírem foram envolvidos por uma luz misteriosa, eles ensaiam uma fuga, quando ouvem uma voz serena que os tranqüiliza: “Não tenhais medo. Eu não vos farei mal”. Os pastorinhos ficaram espantados e, de repente, sobre os galhos de uma azinheira, apareceu uma senhora. Os três ouviam, mas somente Lúcia, a mais velha via a senhora. Segundo os pastorinhos, aquela “senhora” aparentava ter 18 anos, usava um vestido branco e tinha um manto branco resplandecente, debrunhado a fio de ouro, que a cobria da cabeça aos pés. Das mãos postas em oração, pendia um terço de pérolas reluzentes.