EM BUSCA DE UM ANTI DEPRESSIVO
Aos 30 anos tentei o suicídio pela sétima vez. A vida para mim não tinha mais valor nem sentido. Passava pela segunda separação matrimonial e pela falência total do meu comércio. Estava envolvida com álcool, drogas, prostituição, bruxaria, violência, várias passagens por hospital e delegacias. Com tudo isso eu me esquecera dos meus filhos e demais familiares. Era novembro de 1998 e eu morava em Berna, na Suíça.
Certa noite, bebendo na casa de amigos, senti um grande vazio, algo muito ruim tomou conta do meu ser e eu senti que deveria morrer naquele exato momento. Saí desesperada, correndo em direção à rua e atirei-me na frente de um carro. Quando acordei no hospital, minha consciência me acusava, como se uma voz me dissesse: Jesus está sofrendo muito por sua causa. Após algumas semanas de tratamento, voltei para casa, e nenhum amigo me procurou nesse período. Angustiada, arrependida e com vergonha de tudo o que tinha feito, entrei em meu quarto para tomar um antidepressivo que estava dentro de um móvel. Ali também estava um Novo Testamento dos Gideões que chamou minha atenção. Abri o livro ao acaso e li Apocalipse 21:4: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima. E já não existirá mais morte, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” Fiquei realmente surpresa! Era a primeira vez que eu abria a Palavra de Deus, e Ele falava diretamente comigo! Naquela noite, como nunca tinha feito antes, conversei com Deus. Contei-Lhe toda a minha vida e pedi socorro. Continuando a leitura, cheguei no versículo 8: “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos imorais, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que está queimando com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.” Estas palavras tocaram profundamente meu ser. Era como se a Bíblia soubesse tudo a respeito da minha vida. Aquelas palavras me deram força e me fizeram decidir mudar minha vida totalmente e reconciliar-me com várias pessoas. Percebi que é muito bom pedir perdão e perdoar também. Tinha um desejo cada vez mais forte de ler a Palavra de Deus, e aos poucos fui deixando os maus hábitos.
Com a ajuda de outros cristãos, confessei a Jesus como Salvador. Hoje toda a minha família lê a Bíblia e tem Jesus como Senhor e Salvador. Várias amigas, que antes riam e me criticavam, também aceitaram a Jesus. Glória a Deus!
Lúcia Amélia Briilhardt (Berna, Suíça)
