A violência contra a mulher é concreta, sistemática e balizada por números reais e dados científicos que são publicados por organizações competentes e sérias. O feminismo se ocupa, dentre outras coisas, de revelar esta violência com o intuito de reduzi-la – e extingui-la. Não deveríamos desperdiçar nenhum segundo evidenciando o que já está provado, mas, infelizmente, ainda precisamos fazer isso. É exaustivo disputar a realidade com quem não quer enxergá-la porque não é diretamente afetado por ela. Por isso precisamos revelar que existe, sim, uma cultura que normaliza o estupro e a violência contra as mulheres. Falar é uma ação, denunciar o machismo é uma ação, revelar a misoginia é uma ação. Nós continuaremos agindo. Adaptamos esse texto de Joanna Burigo para iniciarmos uma conversa sobre Cultura do Estupro com duas convidadas mais que especiais. Um tema extremante sensível, mas muito necessário. Fala com a gente: Instagram @vozesdofeminino e e-mail: vozesdofemininocast@gmail.com. Equipe: Camila Luz, Jéssica Marques e Renata Lessa (Produção e apresentação) e Déborah Souza (edição). Referências citadas no episódio: Livro "Operação Abafa" do autor Ronan Farrow, Livro "Ela disse" das autoras Megan Twohey e Jodi Kantor, Livro "Do que estamos falando quando falamos de estupro" da autora Sohaila Abdulali, Filme "Hope" do Diretor Lee Joon-ik", Livro "A cor púrpura" da autora Alice Walker. Créditos: Abertura "Keratine, rust and a clear soul" por Alpha Hydrae, do album "(゚uu ゚)##)彡" de 2013. Vírgula "Pure Water" por Meydän, do album Interplanetary Forest de 2019. Encerramento "Delamine" por Blue Dot Sessions, do album Bitters de 2019.