Historicamente as mulheres foram ensinadas a competir umas com as outras. Lembra dos desenhos infantis? A bruxa do mar odiando a pequena sereia? A Cinderela sendo hostilizada pela madrasta má e pelas irmãs representadas de forma caricata como feias, desagradáveis e invejosas? A mocinha sempre era a que, ao final, era escolhida pelo príncipe. Crescemos com a ideia simbólica de que precisamos constantemente diminuir outras mulheres para alcançarmos um lugar ao sol. Eu preciso dizer que a outra está gorda demais para que eu me sinta melhor, eu preciso me aliar aos homens no mercado de trabalho para ser validada, as outras que lutem. Eu preciso xingar a ex do meu namorado ou da minha namorada para ter a segurança de que eu sou uma opção melhor. De onde vem isso, minha gente?Por que, constantemente, fazemos do espaço midiático um verdadeiro ringue para que mulheres se destruam com palavras ofensivas e julgamentos constantes? Mulheres são pessoas, logo, tem falhas. Você vai errar comigo. Eu provavelmente também vou errar com você. Mas o queremos dizer é: ei, estamos todas no mesmo barco. Temos dores semelhantes e dores diferentes também. Vivemos em um mundo que já é bem hostil para o feminino. Vamos cuidar de nós? No episódio dessa semana, Camila, Jéssica e Renata conversaram sobre Competitividade Feminina e Sororidade. Fala com a gente: Instagram @vozesdofeminino e e-mail: vozesdofemininocast@gmail.com. Equipe: Camila Luz, Jéssica Marques e Renata Lessa (Produção e apresentação) e Déborah Souza (edição). Referências citadas no episódio: Série "Bom dia, Verônica" da Netflix, Filme "Histórias Cruzadas" de Tate Taylor, Projeto "Vamos juntas?". Créditos: Abertura "Keratine, rust and a clear soul" por Alpha Hydrae, do album "(ﾟuu ﾟ)##)彡" de 2013. Vírgula "Pure Water" por Meydän, do album Interplanetary Forest de 2019. Encerramento "Delamine" por Blue Dot Sessions, do album Bitters de 2019.
