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É preciso realmente pensar a ideia do humano numa relação de interdependência. E entender de uma vez por todas que qualquer vida precária escancara a precariedade da minha própria vida.

Foi a partir dessa ideia que nos lançamos nesse desafio de entender o que significa ser aliado.

O que significa pensar uma real aliança entre corpos com vivências diversas ?

Como a aliança se concretiza em real ação política de transformação?

Quem define o corpo aliado?

De quantas formas é possível ser aliado?

E como essas alianças acontecem entre as diversas identidades que compõem a sigla LGBTQIA+?

Há de fato liga nessa sigla?

Para falar disso tudo, sem nenhuma pretensão de fincar respostas, mas apontar caminhos, ser bússola e não régua, o episódio dessa semana do ku*radorya convidou a atriz, pesquisadora e transpóloga Renata Carvalho, a mulher mais censurada do Brasil pós-golpe (Sim, foi golpe!) por ter tido a ousadia de querer interpretar Jesus à sua imagem e semelhança, ou seja um Jesus travesti, no espetáculo “O Evangelho segundo Jesus, Rainha do céu”.

Renata e seu espetáculo é uma das chaves centrais para se entender a territorialização do ódio e as fobias estruturais que rondam corpos dissidentes no Brasil.

A conversa foi linda e nos revelou a certeza de que estamos em constante aprendizado e desconstrução e que essa é a tarefa que define uma CORPA VIVA.

Ser aliado talvez seja um eterno devir. Um estado permanente de deslocamento.

Uma reconfiguração da velocidade do nossos caminhares.

Uma nova forma de perceber nossos corpos a partir dos corpos de outres.

Porque  meu bem   não adianta poder correr se essa sensação de vento na cara e liberdade não for pra TODES.

#kuradorya #teatrokunyn #orgulhodeser #LGBTQIA+ #representatividadetrans