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O episódio dessa semana é sobre uma categoria complexa, canônica, universal e sagrada: as MÃES.

Sempre preocupadas, insones, atentas, com medo de que algo nos aconteça, donas do tal amor incondicional.

Dizem que as mães são todas iguais, e que só mudam de endereço.

Será mesmo?

Nós achamos que não, e aqui apresentamos uma subcategoria deste universo muito especial

Toda bixa tem uma pra chamar de sua.

E o maior recorde de bilheteria do nosso cinema nacional é de uma autêntica

representante dessa linhagem:

AS MÃES DE BIXA!!!

Se ser mãe é padecer no paraíso, como dizem, ser MÃE DE BIXA é passar a vida tentando achar o paraíso, afinal só os Héteros vão pro céu.

MÃE DE BIXA já estreia na labuta!

Pra começar, elas recebem nos braços nós, os brinquedos quebrados e sem utilidade num mundo normativo e binário.

Depois, nossas infâncias queers geram situações embaraçosas, saias justas, e as estratégias mais comuns se estabelecem entre o silêncio e o fingir não ver para ver se passa.

Mas a gente garante: não passa.

Ser BIXA é pra sempre, mãe!

Embora a norma lhe roube o direito de celebrarem sem culpa as nossas existências LGBTQIA+, as mães sempre sabem o que somos, e às vezes é bonito ver como elas se deslocam e reconfiguram seu olhar para lidar com uma realidade que não lhes foi ensinada

Mas nem todo o amor do mundo consegue salvaguardar as MÃES DE BIXA a perpetuarem de algum modo a homofobia estrutural, muitas vezes sendo mantenedoras da tradição do silêncio que apenas alimenta a vergonha de ser quem somos.

Esse episódio é para celebrá-las, mas também para lembrar que nem tudo são flores.

E pra avisar de uma vez por todas, caso alguém ainda não saiba:

“É o mundo que é perigoso. Não a gente.”

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