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El amor



(Para Jess Sant'Anna, companheira de vida, arte e luta)

El amor es la embriaguez total

Es el asiento de tus labios

Es el hambre de tu cuerpo

Me quierer a tu lado

El amor es cuando el mejor del mundo

Acariciar tu cabello

Y sentir tu olor, tu perfume, el que imitan las flores

El amor es al mismo tiempo la tierra, la lluvia, la semilla, el árbol y el dulce fruto de la vida.

Es la cura para doloress y heridas.

Amarte y sentirte como la noche a emacar mis sueños

Como el sol, que calienta mi corazón

El amor es desear emancipar a la humanidad.

Para permanecer pegado, tranquilo a tu lado

El amor es sentir que todo el tiempo es corto

Es negar la materialidad y desear suerte.

Es tener el tiempo, tener miedo a la muerte

Es querer una eternidad a tu lado

Desear estar siempre enamorado.

(Fábio Francisco, Montevidéu, Junho de 2020)

Dia dos namorados

Dia de lingerie nova

de jantar carinhosamente preparado

De um bom vinho

De deixar os problemas de lado

Dia de carinhos

De boquete mais caprichado

Dia das crianças domirem mais cedo

De dormir de rostinho colado

Dia de foda Hard

Tem gosto pra tudo e cardápio vaiado

Mas é dia, sobretudo, de comprar presentes

É dia dos namorados

Os escravos gregos

para festejo tinham dia

Já para os 15% de homens livres

Vinho, orgias, amor festa e poesia

Era comum e rotineiro, diariamente

A vida era celebrada com alegria

Não permita que seu amor seja destratado

Ou melhor, bem tratado, como sentimento cativo, sentimento de escravo

Data de culto ao amor

é coisa de cativeiro

Amor não se trata de presentes ou dinheiro

O amor carece de ser mais livre, mais verdadeiro

Mais intenso, pois ele é mais vivo, mais inteiro

O amor carece de ser mais livre

Mais intenso e menos prisioneiro

Mais leve e desordeiro...

Mais rebelde e alvissareiro

O amor

Carece de diária contemplação,

De todo afago,

Todo vinho,

Todo pão

Ele carece de no mínimo um mês de contemplação, talvez dois,

Sendo um, o mês de cultuar sua amada/amado...

O outro, o mês do celebrar amor de vocês

Nos outros dez meses, sem data,

Você ama todo dia

Por habito,

Por delírio,

Por vontade,

por rebeldia.

Ame e declare todo dia.

Dia de se enamorar, cuidar do amado, da amada,

Ou de ambos, se os tiver,

É todo dia, ou no mínimo, sempre que puder

Sempre que o sagrado capital permite...

Ou quando peão da um cano no patão, só para namorar, isso sim é declaração de amor

De amor e valentia

De paixão e rebeldia

Sabia que dia dos namorados soviéticos (do amor camaradagem) era 25 de outubro?

E que na Espanha revolucionária o dia de Lister y Carmela era o 25 de Julio?

Que na Iuguslavia e Albânia, era uma semana de feriado dos amantes, chamado festa da primavera?

Que na China não é um dia, mas sim uma hera?

En Cuba el día del amor é primeiro de janeiro...

Mentiras, mas mentiras que poderiam ser verdade.

Ame sempre, ame muito, demonstre seu amor os dias

Não permita ao capital regular

sua paixão, sua alegria

Então, porquê nós e nossas amadas/amados preferimos ficar com a data

recém inventada pelo comércio varejista?

Em 1949 João Agripino Dória (esse mesmo, pai do governador de SP)

Empresário e publicitário, dono da Standard Propaganda, foi contratado pela gigante varejista Cliper (e, depois do sucesso, pelas associações do comercio varejista de todo o país, com a missão de reverter a queda de lucros do comercio, características do meio do ano, e criou uma data para troca de presentes...



Que seu amor seja pleno, sincero, inteiro e ousado

Não ame no varejo, ame em atacado!