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Nas águas claras do dia

À sombra dos cereais

Manhãs de trigo e de vinho

Lembrando o passado e a paz

O gosto e o frio da aurora

O cheiro macio do pão

E eu penso no frio que agora

Habita meu coração

Nos muros nos olhos do povo

Habita a mesma tristeza

Porque os braços de ferro

Nos prendem como represa

Mas o que eles não sabem

Não sabem ainda não

É que na minha terra

Um palmo acima do chão

Sopra uma brisa ligeira

Que vai virar viração

Ah mas eles não sabem

Que vai virar viração

Amigo guarda tua mente

Bem viva atenta e sem medo

Que a hora certa e precisa

Virá mais tarde ou mais cedo

Ensina a teus filhos pequenos

Que é dura e longa a viagem

Que a dor, a madeira e o tempo

Não dobram um coração selvagem

Nos muros nos olhos do povo

Habita a mesma tristeza

Porque os braços de ferro

Nos prendem como represa

Mas o que eles não sabem

Não sabem ainda não

É que na minha terra

Um palmo acima do chão

Sopra uma brisa ligeira

Que vai virar viração

Ah mas eles não sabem

Que vai virar viração.



(Kleidir Ramil - Kleiton e Kleidir)