Nós não estudamos a Roda da Vida para “psicologar”, apontar dedos, julgar, ter um propósito, metas, se tornar alguém mais espiritualizado ou criar coisas novas. A nossa abordagem, é a liberação, ou seja, o quanto antes localizarmos os obstáculos e ultrapassá-los, veremos nossa verdadeira face.
A corporificação feminina da sabedoria do Darma, Jetsunma Tenzin Palmo, explica:
Não estamos presos à Roda da Vida. Nós é que a agarramos com força, com as duas mãos. Há uma história que sempre se conta sobre uma forma particular de aprisionar macacos na Índia. Toma-se um coco com um pequeno buraco. Por esse buraco, com tamanho suficiente para passar apenas a mão do macaco, coloca-se um pedaço de doce de coco.
O macaco se aproxima, sente o cheiro do doce, coloca a mão no buraco e agarra o doce. Ele fecha a mão para agarrar o doce. e dessa forma não consegue mais tirar a mão do coco. E então o caçador consegue pegá-lo. Nada prende o macaco ali. Tudo o que ele precisava fazer era abrir a mão e estaria livre para fugir. Ele fica ali preso apenas por desejo e apego, que não o permitem seguir.