Anna Atkins foi uma botânica e fotógrafa inglesa, considerada por algumas fontes como a primeira fotógrafa do mundo. Nasceu em 1799, na Inglaterra. Órfã de mãe, que morreu por complicações no parto, Anna se tornou muito próxima de seu pai, um renomado químico, zoólogo e mineralogista. Recebeu uma educação científica extraordinária para uma mulher de sua época. Foi incentivada não só por seu pai mas também por seus amigos e colegas de trabalho. Um desses mentores foi Henry Fox Talbot, pioneiro na fotografia, que ensinou a A.A. seus métodos para registrar imagens em papéis sensíveis à luz; ela passou a registrar as algas que coletava e estudava com esse método. Em 1839, foi admitida na London Botanical Society, uma das poucas sociedades científicas que abria vagas para mulheres. Em 1841, A.A teve acesso a uma câmera fotográfica pela primeira vez, e é considerada por diversas fontes como a primeira mulher fotógrafa do mundo. Como nenhuma fotografia sua ou de suas contemporâneas sobreviveu ao tempo, a discussão permanece em aberto. Em 1843, Anna Atkins publicou o histórico “Photographs of British Algae: Cyanotype Impressions” (“Fotografias de Algas Britânicas: Impressões Cianotópicas”), que é considerado o primeiro livro ilustrado com fotografias publicado. Só 17 cópias sobreviveram, e fazem parte do acervo das mais importantes instituições de artes e ciências no mundo. Em 2004, uma cópia do famoso livro foi vendida por 230 mil libras em um leilão. Anna Atkins morreu em 1871 e seu legado ficou relativamente esquecido até a metade do século XX, quando sua importância para a fotografia passou a ser mais amplamente reconhecida.