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foi uma jornalista, escritora, fotógrafa e viajante suíça. A androginia de Annemarie, e seu visual, arrebataria corações da vanguarda artística dos anos 20 e 30. Muda-se para Berlin, vira melhor amiga dos filhos de Thomas Mann, e frequenta a vanguarda cultural da cidade. Neste período que Annemarie desenvolveu o vício em morfina. Com a ascensão do nazismo, em 1933, a vida boêmia de Berlin acabou. Parte da família de Schwarzenbach, da elite conservadora suíça, apoiava Hitler, mas Annemarie criou uma revista antifascista de publicação mensal, que manteve até 1935. A tensão familiar e política fez com que a jovem tentasse se matar pela primeira vez. Ainda em 1933 Annemarie parte para o Oriente Médio. Passa sete meses entre Turquia, Líbano, Síria, Palestina, Iraque e Irã. Em 1935, casa-se com um diplomata, e se muda para o Teerã. Tanto ela como o marido eram homossexuais e o casamento foi de conveniência – casando, Annemarie conseguiu um passaporte diplomático para viajar livremente. Ela viaja para a Rússia soviética, volta ao Oriente Médio e vira amante da filha de um embaixador turco. Com Ella Maillart (#mulherdefibra), parte de carro de Genebra ao Afeganistão: poucos dias depois de chegarem em Cabul, eclode a Segunda Guerra Mundial. A morfina atrapalha a viagem e as aventureiras se separam. Annemarie vai para o Turcomenistão tentar se desintoxicar, e reencontra Ella meses depois, na Índia. Durante toda a vida de aventuras, Annemarie esteve trabalhando como repórter de viagens e fotojornalista, tendo publicado mais de 300 artigos nos mais importantes jornais suíços e documentado a ascensão do nazismo na Europa. Além disso, Schwarzenbach escreveu diversos livros inspirados em suas viagens. Em 1942, Annemarie estava nos alpes suíços tentando se desintoxicar e recuperando-se de mais uma tentativa de suicídio quando caiu de bicicleta e sofreu um traumatismo craniano. Durante dois meses, Annemarie agoniza: sua mãe, proibe visitas de amigos à filha e controla os medicamentos que lhe são administrados