Élisabeth Vigée Le Brun foi a retratista oficial de Maria Antonieta. Célebre em seu tempo, suas obras podem ser vistas nos mais importantes museus do mundo. Nascida em 1755, em Paris, filha de um pintor e uma cabeleireira, Élisabeth passou boa parte de sua infância em um convento; isso não a impediu de começar a pintar muito cedo, e já na adolescência vendia seus quadros. Em 1776, EV se casou com o negociante de artes Pierre Le Brun, junto do qual viajou pela Europa, conhecendo artistas que a ensinaram novas técnicas de pintura. O marido, um adúltero viciado em jogos de azar, perdeu boa parte das vendas das obras de Élisabeth em apostas. Madame Le Brun especializou-se em retratos, tendo alguns membros da realeza europeia como modelos. Em 1779 foi chamada para pintar um retrato da rainha Maria Antonieta no palácio de Versalhes. Agradou muito e tornou-se a retratista oficial da rainha, pintando mais de 30 quadros seus e da família real. As obras de Le Brun melhoravam a imagem pública de Maria Antonieta - frequentemente retratada como uma mãe carinhosa pela artista - a fim de combater os boatos maldosos sobre a rainha estrangeira. Com auxílio da monarca Élisabeth foi aceita na Academia de Real de Pintura, contra a vontade de outros membros – quase todos homens. Entre 1648 e 1793 (quase 150 anos!), apenas 15 mulheres foram aceitas como membros da Académie. Com a eclosão da Revolução Francesa, temendo pela própria vida, ela abandonou o país. Passaria os próximos anos morando em diversas cidades europeias e russas, sempre vivendo da própria arte e retratando as importantes figuras de seu tempo, . Ficaria conhecia por sua técnica e por sua sagacidade ( leia a autobiografia, “Memoirs of Madame Vigée Lebrun”) . Durante sua carreira, ela pintou mais de 900 quadros, 600 dos quais foram retratos. ELB só voltou a viver em Paris por volta de 1810, onde continuou pintando até morrer, em 1842.