Margaret S. Collins foi uma cientista, zoóloga e ativista do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos. É conhecida como uma das maiores termitólogas do mundo (estudiosa dos cupins). Nascida em 1922, Margaret S. Collins foi “diagnosticada” como criança prodígio aos seis anos de idade; na infância, passava seu tempo procurando insetos e lendo sobre eles nos livros de biologia da biblioteca municipal. Com 14 anos! ela foi admitida na West Virginia College com uma bolsa de estudos, superando todo o preconceito que mulheres e negros recebiam na ciência da época. Na década de 1940, se tornou a primeira negra PhD em entomologia – a vertente da zoologia especializada em insetos. Seu trabalho mudaria o estudo sobre os cupins para sempre. Os mais de 40 artigos publicados por Margaret S. Collins elucidaram diversas características antes desconhecidas dessa pequena criatura, e servem de referência para estudiosos até hoje. Por conta de sua devoção à área, Collins ficou conhecida como a “Senhora Cupim” – “Termite Lady”. Lecionou em três universidades dos Estados Unidos e se tornou amplamente reconhecida no meio acadêmico. Sendo uma mulher negra, precisou quebrar diversas barreiras e lidar com inúmeros ataques racistas, chegando a ter uma palestra sua cancelada por uma ameaça de bomba. Collins era conhecida como ativista pelos direitos civis, dava carona em seu carro para todos que boicotavam empresas de ônibus segregatórios, e publicou um artigo chamado “A Ciência e a Igualdade Humana”. Seus posicionamentos políticos fizeram com que até o FBI passasse a espioná-la! Margaret Collins morreu por um problema do coração, em 1996, em uma expedição às Ilhas Cayman, estudando cupins… Ou seja, fazendo o que amava!