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Odette Hallowes foi uma agente secreta britânica durante a Segunda Guerra Mundial, e uma das poucas espiãs a sobreviver depois de ser presa em campos de concentração. Por conta de seu heroísmo durante a guerra, foi a primeira mulher a receber a Cruz de Jorge, a mais alta condecoração civil do Reino Unido. Odette Brailly nasceu em 1912, na França. Em 1931, se casou com um britânico. Com a eclosão da Segunda Guerra, seu marido passou a servir ao exército, e O. e suas três filhas se mudaram para a Inglaterra, onde estariam mais seguras. Em 1942, furiosa com a ocupação nazista em sua adorada França, Hallowes tornou-se agente da Executiva de Operações Especiais (SOE). Sob o codinome “Lise”, a mãe de família revelou-se uma intrépida e eficiente agente . Em 1943, “Lise” e o líder de seu grupo, Peter Churchill, foram capturados e entregues à Gestapo. Interrogada, Odette assumiu a culpa de tudo: disse que era a comandante, e que Peter Churchill era apenas um recruta; Peter foi liberado graças a esse ato de bravura, que transformou a vida de Odette em um inferno. Interrogada e torturada pelo menos 14 vezes, a agente manteve-se em silêncio. Sua resposta aos interrogatórios era sempre “não tenho nada a dizer”. Quando a Gestapo percebeu que ela jamais cederia, O. foi condenada à morte e enviada ao campo de concentração de Ravensbrück. Lá, chegou a ser mantida por três meses e onze dias em uma cela solitária subterrânea, sem luz alguma, passando semanas sem comer. Fora da solitária, viu outras prisioneiras canibalizarem o cadáver de uma companheira de cela, tamanha a fome. Com o fim da Guerra, Hallowes foi liberada e depôs contra muitos de seus algozes em Ravensbrück, e o diretor do campo foi condenado à forca. Em 1946, Odette Hallowes se tornou a primeira mulher a ser agraciada com a Cruz de Jorge, a mais alta condecoração civil do Reino Unido. Ela foi a agente da SOE mais condecorada de toda a Guerra, independente de gênero. Em 1995, Odette Hallowes morreu, aos 82 anos.