Yeonmi Park é desertora do regime ditatorial da Coreia do Norte. Tinha 13 anos quando conseguiu escapar do país. Viu a mãe ser estuprada, foi traficada e ficou desnutrida durante a fuga em busca por liberdade. Hoje, cidadã dos Estados Unidos, dedica a vida a trazer atenção global para a situação do povo norte-coreano. Nasceu em 1993, em uma família empobrecida. Park começou a sonhar com liberdade durante a infância, ao assistir uma cópia ilegal do filme “Titanic”. Aos nove anos, Yeonmi assistiu a mãe de uma amiga sua ser executada em praça pública por assistir um filme hollywoodiano. Para complementar a renda, seu pai passou a contrabandear sal, açúcar, temperos e roupas – quando o crime foi descoberto, ele foi condenado à prisão em um campo de trabalhos forçados e escapou após quase dois anos subornando um guarda. A família decidiu fugiu do país pela fronteira com a China, com a “ajuda” de traficantes de humanos. Seu pai morreu logo após a chegada na China. Yeonmi tinha 13 anos quando um chinês tentou estupra-la; a mãe se ofereceu no lugar da menina, que assistiu à cena. Com a ajuda de ativistas dos direitos humanos, Yeonmi e a mãe conseguiram fugir da China para a Coreia do Sul através da Mongólia, passando pelo deserto de Gobi. Ao finalmente chegar na Coreia do Sul, em 2009, Yeonmi Park concluiu os estudos e começou a vislumbrar o que seria uma vida “normal”. Ao amadurecer, passou a trabalhar integralmente como ativista pelos direitos humanos, determinada a salvar outros norte-coreanos do inferno em que viveu. Em 2014, se mudou para NY, para estudar na Universidade de Columbia e expandir o alcance de seu ativismo para o ocidente. A história de Yeonmi Park ganhou atenção mundial após ela palestrar no evento One Young World, em Dublin; seu relato sobre a vida na Coreia do Norteviralizou na internet, alcançando 50 milhões de visualizações em dois dias. Hoje ela segue trabalhando como ativista pelos direitos humanos, e publicou um livro sobre sua trajetória.