Como pessoas muito empáticas e solidárias que somos, tentamos sempre fazer o que está ao nosso alcance para ajudar alguém que esteja a passar por dificuldades. Ao fazer isso, o gesto nesta era tão digital, é muitas vezes acompanhado de uma fotografia e uma legenda profunda sobre como ajudar os outros é ajudar a si próprio. O que fica fora dessa perspectiva é que nem todos querem ser salvos e entre os que querem e precisam ser salvos, nem todos querem fazer parte do nosso feed de instagram ou dos nossos tweets. Nem todos querem ser a cara da pobreza, o rosto da guerra ou a face do abandono.
Mas, o importante não é ajudar?
Talvez seja.
Esta é uma conversa sobre White Saviour. Sobre essa construção de "ajuda" que mais serve o nosso perfil nas redes sociais, nosso currículo e talvez um lugar no paraíso.
Donde vem essa narrativa de que somos pobres coitados que necessitam da ajuda do outro senão... senão acabou.
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