Na semana passada, no Brasil, saiu uma notícia a relatar que os seguros de saúde têm exigido consentimento do marido para o uso do contraceptivo DIU (dispositivo intra uterino) por mulheres casadas.
Entre confirmações de algumas seguradoras, negações de outras que afirmam que o procedimento é apenas uma recomendação, comentários e reclamações nas redes sociais, o assunto é polémico e merece ser discutido.
Então foi o que fizemos, conversamos sobre as nossas primeiras impressões quando lemos a notícia e os comentários que surgiram. Alongamos para debater sobre consentimento (de novo), fertilidade e o direito da mulher sobre o seu corpo. Discutimos sobre como, um debate brasileiro, pode ser analisado aqui no nosso contexto moçambicano.
Faz sentido querer que as mulheres peçam consentimento dos seus cônjuges para escolher qual método contraceptivo usar? Quais são os limites daquilo que se pode fazer em conjunto quando se está numa relação? Estamos confortáveis em exigir que uma outra pessoa tenha autorização sobre as decisões que tomamos ligadas ao nosso corpo?
Talvez os conceitos de liberdade mudem quando se casa pois os relacionamentos são construídos a partir de decisões mútuas. Só não sabemos a quem essas decisões beneficiam mais...
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