O título é uma resposta provocatória a Michael Brown, astrónomo que afirma que matou por Plutão num best seller emparelhando-o como gémeo de Eris; afinal o que é que um planeta anão ou uma suposta (em teoria) Lua fugitiva de Neptuno poderia fazer face a redefinições científicas? Plot twist: não podem matar Plutão. Senhor do submundo, a sua essência já estava encapsulada em Marte muito antes do Planeta X ter dado à costa a 18 de Fevereiro de 1930. Se astronomicamente foi alvo de desdém e lançou o debate sobre que dimensão e massa deverá ter um planeta, em astrologia continua vivo e de boa saúde, fazendo das suas e colocando em cima da mesa um debate aceso sobre de que forma nos transformamos e como o fazemos ao longo da nossa vida, porque sim, é aí que está encerrado o nosso poder. Se Saturno nos impõe regras e disciplina, Neptuno idealiza e nos faz sonhar e criar, perder e encontrar, Urano encontra a origem zero e impõe revoluções, mudanças extremas e lutas, Plutão investiga, analisa, abre a máquina e obriga-nos a perspectivar a sombra e o medo como parte integrante, normal e necessária da nossa persona. É sobre tudo isso que em pleno Samhain iremos falar; não só sobre como Plutão tem determinado a vida de todas as gerações desde o início do século XX até hoje mas também qual o seu papel no nosso mapa astral. Mergulhemos pois no desconhecido.
Agora sim, over n'out:)