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Noticiário internacional:

1. A economia chinesa cresceu 3,2% nos três meses até junho em relação ao ano anterior, superando a previsão média de expansão de 2,5%. Havia alguns sinais preocupantes por trás do número, com os gastos dos consumidores ficando mais fracos do que o esperado. A notícia chega quando o presidente Xi Jinping procurou tranquilizar os CEOs globais sobre fazer negócios na China em meio à pressão dos EUA para isolar a segunda maior economia do mundo.

2. O consenso prevê que as reivindicações semanais de desemprego caiam para 1,25 milhão quando os dados são publicados às 9:30h (Brasilia). Espera-se que as reivindicações contínuas caiam para 17,5 milhões. Com o vírus surgindo novamente em alguns estados, ao mesmo tempo que o suporte do governo as empresas estão acabando, há temores de uma nova onda de demissões. Do lado dos trabalhadores, a pressão vem do fim dos US$600 por semana de ajuda do governo federal, com legisladores em Washington paralisando as negociações para mais estímulos.

3. O lucro do Bank of America caiu 52% no segundo trimestre depois que o banco reservou bilhões de dólares para se preparar para perdas com empréstimos. O banco reservou US$5,12 bilhões nesse trimestre, além dos US$4,76 bilhões que já havia reservado no trimestre passado. JPMorgan, Citigroup e Wells Fargo, os outros maiores bancos dos EUA, provisionaram coletivamente US$28 bilhões no segundo trimestre por perdas com empréstimos. O Bank of America, o segundo maior banco dos EUA em ativos, possui uma gigantesca base de clientes nos EUA que o torna especialmente sensível ao estado da economia.

4. As ações do Twitter caíram 5,1% no pré-mercado depois que a empresa de mídia social foi atingida por um ataque que permitiu que hackers assumissem controle de uma variedade de contas, incluindo celebridades, políticos e bilionários.

Noticiário local:

1. Segundo a Bloomberg, o Ministério da Economia apresentará 1ª etapa da reforma tributária até sexta-feira. O texto vai tratar da unificação do PIS/Cofins, que servirá como base para a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA). A proposta ainda não incluirá a criação de um imposto sobre transações.

2. O Presidente Bolsonaro sancionou o Marco Regulatório do saneamento ontem, levando as ações das empresas listadas a performarem positivamente. Alguns pontos polêmicos que garantiam práticas anticompetitivas foram suprimidos por Bolsonaro, levando a bancada nordestina a se manifestar contra. Os parlamentares prometeram empenho para tentar derrubar o veto.  O trecho que Bolsonaro vetou garantia a renovação dos contratos das empresas estaduais do setor por mais 30 anos, algo que levaria a situação do saneamento brasileiro continuar precária em estados que mais necessitam. Agora, com os vetos, os municípios terão que abrir licitação para fechar contratos com as empresas estatais de saneamento, algo que não ocorre em décadas. Com isso, a iniciativa privada poderá entrar com força no segmento e trazer os investimentos necessários para a universalização, na avaliação do governo.

3. Ainda no radar, o Senado aprovou a Medida Provisória 925, que socorre o setor aéreo durante a pandemia de covid-19. Como foi alterada, dependerá de sanção do presidente Jair Bolsonaro para virar lei. A proposta flexibiliza uma série de regras para empresas e passageiros após o impacto nos voos em função do novo coronavírus. De acordo com a medida, as companhias aéreas terão um prazo de até 12 meses para devolver aos consumidores o valor das passagens compradas entre 19 de março e 31 de dezembro de 2020 e canceladas em razão do agravamento da pandemia.

Atenção para a Agenda:

1. O Banco Central Europeu divulga sua decisão hoje, com a presidente Christine Lagarde realizando uma conferência de imprensa virtual logo em seguida.

2. E os dados de seguro-desemprego as 9:30h hoje, como de costume.