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Poesia - A Sereia da Cauda Prateada.

Poetisa: Tatyana Casarino.

Nadando entre os golfinhos,

a minha cauda prateada reluz.

Em um navio, tomando vinho,

estava um príncipe cheio de luz.



Os seus olhos são duas estrelas,


os seus lábios bem desenhados.

Nessa noite, a mais doce sereia

encontrou o seu lindo amado.



Silenciosamente, observava a sua alegria


tão espontânea, bela, suave e profana.

O meu coração sentiu uma chama,

e eu fui tocada pela luz divina.



Seria amor o que eu sentia?


Seria fogo no meu coração d'água?

Enquanto os golfinhos dançavam valsa,

a minha cauda e as minhas mãos tremiam.



O meu corpo era beijado pelas ondas


enquanto eu sorria doce e embriagada.

Os meus seios cobertos por duas conchas,

e a lua repleta de anjos, elfos e fadas.



Em minha alma, nasceu a paixão


tão intensa quanto um relâmpago.

Do céu, as estrelas cantaram um trovão,

deixando intempestivo o oceano.



O seu navio balançou perigosamente,


e eu chorei ao ver o seu sorriso apagado.

Um raio atingiu o mar bravamente agitado,

e você caiu nas águas inconsciente.



Então, eu nadei desesperadamente


para salvar o meu querido amado.

Dentro da noite sombria e silente,

eu envolvi o seu corpo em meus braços.



O meu mundo é tão belo e iluminado,


e eu queria tanto a sua gentil presença.

Mas, em meu mundo, você seria afogado,

e eu amo a sua vida mais do que as estrelas.



O amor me deu forças para nadar,


e a água tornou o seu corpo mais leve.

Cada batida do meu coração é amar,

e a eternidade cabe na minha pele.



Dentro da noite, a sereia frágil


conduzia um corpo pesado.

O amor é mesmo tão ágil

que canta nos meus braços.

Poesia escrita e recitada por Tatyana Casarino. 

Leia a Poesia completa no blogue da autora:

https://tatycasarino.blogspot.com/2016/12/a-sereia-da-cauda-prateada.html