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A escola legada por nós pelo mundo ocidental não apenas constrói conhecimentos avulsos e técnicos, mas fabrica sujeitos, seja pela nossa participação ou omissão, sujeitos estes modelados, vigiados, esquadrinhados, coagidos e treinados pelo ambiente disciplinar educativo para seguir e se conformar às normas de raça, classe, gênero e sexualidade. Essas normas atuam desde as disposições arquitetônicas e geográficas dos colégios, passando pelas brincadeiras dos recreios até chegar nos currículos e conteúdos dos materiais didáticos.

Estes materiais ainda são para muitas famílias brasileiras o único recurso mais substancial para o acesso à ciência, à leitura e escrita de forma geral e para as professoras funcionam um instrumento relevante para o processo de ensino-aprendizagem. E é especialmente nos livros didáticos de história que vemos de forma mais nítida, quais acontecimentos são validados como importantes para os processos formativos e quais não, que noções de cidadania, direitos e dignidade de grupos humanos são acionados e quais corpos, subjetividades e culturas são apagados ou quando muito, inseridos como “curiosidade” num box lateral das páginas.

Se os feminismos negros ganharam novo fôlego no Brasil dos últimos anos, podemos nos perguntar se isso produziu efeitos no ensino de história da educação básica: será que as mulheres negras estão sendo trabalhadas em suas pluralidades, resistências, potências, valorizando a autoestima das alunas negras ou será se as imagens de controle racistas, sexistas e estereotipadas, como bem salienta Patrícia Hill Collins, ainda são a tônica das aulas e obras escolares?

Assim, para falar sobre ensino de história e mulheres negras recebemos hoje a Caroline Barroso Miranda.

Segundas Feministas

Episódio #155 – Ensino de História e Mulheres Negras

Convidada: Caroline Barroso Miranda (UFPA)

Direção Geral, Direção executiva e Locução: Kaoana Sopelsa (UFGD), Ana Carolina Coelho (UFG) e Marcela Boni (USP)

Supervisão de produção e Edição de áudio: Indiara Launa Teodoro (UFRPE) e Olívia Tereza Pinheiro de Siqueira (UFF)

Pesquisa de conteúdo e Roteiros: Ana Carolina Coelho (UFG), Marcela Boni (USP), Marília Belmonte (USP), Geisy Suet (USP), Aline Beatriz Coutinho (UERJ), Renan de Souza Nascimento (Unimontes-MG) e Indiara Launa Teodoro (UFRPE)

Pesquisa gráfica e Arte: Kaoana Sopelsa (UFGD) e Ingryd Damásio Ribeiro Tófani (Unimontes-MG).

Social Media: Marília Belmonte (USP), Geisy Suet (USP), Renan de Souza Nascimento (Unimontes-MG) e Indiara Launa Teodoro (UFRPE).

Trilha sonora: Ekena, Todxs Putxs (2017).

Realização e apoio: GT GÊNERO - ANPUH Brasil e ANPUH Brasil.

País/Ano: Brasil, Ano IV, 2023.

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FONTES E INDICAÇÕES: 

“De que cor eu sou?" O lugar da menina negra no ensino de história