APRESENTAÇÃO
Pensar o gênero dentro da história e historicizar os padrões de gênero na história da loucura é um fazer, ao mesmo tempo, instigante e doloroso. Seja porque a loucura passa a ser associada como uma enfermidade feminina entre o final do século XIX e o início do século XX, seja porque as mulheres que passaram pela experiência do internamento psiquiátrico estavam submetidas a condições de violência física e psicológica que produziam condições de sofrimento mental real, fato é que é impossível negar o potencial gerador de violência e exclusão sustentado pelos discursos e práticas da loucura. Por isso, compreender e presentificar um passado de opressão e de luta que repercute até os dias de hoje – com a internação e a medicalização indicando o retorno do modelo manicomial nas políticas de saúde mental no Brasil – é contribuir para a visibilidade e voz a mulheres que, por motivos diferentes, foram ditas como “loucas”, e preencher de subjetividade a experiência da loucura. Para isso, na Segunda Feminista de hoje recebemos Muriel Rodrigues de Freitas.
FICHA TÉCNICA
Segundas Feministas
Episódio 102 – Gênero e Loucura
Convidada: Muriel Rodrigues de Freitas (PUCRS)
Direção Geral e Coordenação: Andréa Bandeira (UPE)
Direção executiva: Kaoana Sopelsa (UFGD) e Marcela Boni (USP)
Pesquisa e Roteiro: Indiara Launa (UPE)
Locução: Kaoana Sopelsa (UFGD)
Voz: Indiara Launa Teodoro (UPE)
Edição de áudio: Natália Oliveira (UPE)
Pesquisa gráfica, Arte e Social media: Kaoana Sopelsa (UFGD), Maria Clara de Oliveira e Ingrid Damásio (Unimontes-MG)
Colaboração: Cláudia Maia (Unimontes-MG)
Trilha sonora: Ekena, Todxs Putxs (2017).
Realização e apoio: Universidade de Pernambuco/NUPECS; GT GÊNERO ANPUH Brasil; PPGH da Universidade Estadual de Montes Claros e ANPUH Brasil.
Pais/Ano: Brasil, Ano III, 2022.
www.instagram.com/segundasfeministas/
www.facebook.com/Segundas-Feministas/