APRESENTAÇÃO
A importância de pesquisar e narrar a participação das mulheres na história, sob o viés da teoria feminista, é acrescentar criticidade na análise e no debate historiográfico. Hoje, conversaremos sobre a participação feminina na Revolta Cabana do Grão-Pará, onde se deram os atos de sedição e a repressão enérgica do Estado Imperial, entre os anos de 1835 e 1840.
Mulheres como Maria Lira Mulata e Margarida de Jesus, cabanas, foram consideradas perigosas por impor, na prática social, “a efetiva igualdade da teoria republicana”, que chegou e se espalhou pelo país, colocando em xeque a ordem monárquica, por outras revoltas.
Na documentação deixada pelas forças de repressão do Império, essas mulheres aparecem pouco, mas o caso de a nossa historiografia ainda ser marcada pelo positivismo dos fatos e conservar uma narrativa ideológica que se pretende apolítica é a razão principal do apagamento das mulheres da nossa História. Esse apagamento é responsável por a nossa sociedade não compreender as suas raízes patriarcal e misógina, elitista e classista, racista e excludente. O Segundas Feminista junta-se às historiadoras feministas para mudar a narrativa do passado e tornar o mundo, a partir de nós, mais justo, inclusivo e equalitário, mais humana.
Para falar sobre o tema, convidamos a historiadora especialista na história da Cabanagem, a professora e pesquisadora Dra. Eliana Ramos Ferreira.
FICHA TÉCNICA
Segundas Feministas
Episódio 134 - Mulheres na Cabanagem
Convidada: Eliana Ramos Ferreira (UFPA)
Direção Geral: Andréa Bandeira (UPE)
Direção executiva e Locução: Kaoana Sopelsa (UFGD) e Marcela Boni (USP)
Supervisão: Indiara Launa Teodoro (UFRPE)
Pesquisa e Roteiro: Andréa Bandeira (UPE)
Edição de áudio: Indiara Launa Teodoro (UFRPE)
Pesquisa gráfica, Arte e Social media: Kaoana Sopelsa (UFGD), Suane Felippe Soares (UFRJ), Marília Belmonte (USP), Geisy Suet (USP), Ingryd Damásio Ribeiro Tófani (Unimontes-MG), Renan de Souza Nascimento (Unimontes-MG) e Maria Clara de Oliveira (Unimontes-MG).
Colaboração: Cláudia Maia (UNIMONTES-MG) e Aline Coutinho (UFRJ).
Trilha sonora: Ekena, Todxs Putxs (2017).
Realização e apoio: Universidade de Pernambuco/NUPECS; PPGH da Universidade Estadual de Montes Claros; GT GÊNERO ANPUH Brasil e ANPUH Brasil.
País/Ano: Brasil, Ano IV, 2023.
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