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TEXTO, NARRAÇÃO E EDIÇÃO: Fernando Guifer 

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[ SER PAPAI DE PRIMEIRA VIAGEM É... ] 

...descobrir que o amor incondicional existe e o maior e mais sincero de todos está bem diante do nosso abraço; 

Ser papai de primeira viagem é… 

É dizer nas reuniões de família que os defeitos são da mãe e as qualidades são do pai; 

É achar nem que seja uma pinta em comum para afirmar que o bebê é nossa cara; 

É gastar dinheiro comprando roupinhas com frases engraçadas, de bandas, de super-herois, e ter que ouvir um monte da mãe brava depois; 

É comprar um bodyzinho do time que torce para desfilar na frente dos amigos e mostrar “quem manda!” e que tem torcedor novo no pedaço, afinal, quando o papo é o clube do coração não há democracia que resista dentro de casa; 

É pôr as mãos no rosto, tirar, e depois dizer: “Achooou!”; 

É falar com a voz do bebê o tempo todo e dialogar consigo mesmo na voz original; 

É se pegar chorando na primeira ida ao pronto socorro; 

É deixar a criança beber água com sabão na hora do banho e dizer para a mãe que “foi só um golinho”; 

É olhar torto para os bebês meninos (quando se é pai – machista – de menina) com quem diz: “Tira o zóio da minha filha, rapá!”; 

É avistar uma bebê menina (quando se é pai – machista – de menino), pegar o filho no colo, apontar com o dedo, e dizer: “Olha lá, filhão, sua futura namorada!”; 

É colocar o bebê no cavalinho e depois ficar em choque com medo de derrubar, aí pede desesperadamente para alguém salvar a cria presa no cangote; 

É quase arrancar a cabeça do pequeno na hora tirar a roupinha por não saber para que serve os botõezinhos na gola; 

É se descobrir capaz de qualquer coisa por aquele pequeno ser (e ficar assustado ao refletir sobre essa descoberta); 

É esquecer por uns momentos que o bebê também tem uma mãe (e, principalmente, que nós temos uma esposa/namorada); 

É acumular a função de segurança não-remunerado e revezar com a mãe para a criança não se jogar de cabeça do sofá; 

É se conformar com a realidade de que nem o celular e nem o controle remoto são mais nossos; 

É vivenciar a sublime sensação de ser amado verdadeiramente – e para sempre – por um alguém que enxerga com o coração e pureza, sem fazer distinção entre classe social, ideologia política, raça ou religião; 

Enfim, ser pai de primeira viagem é… tentar ser o melhor pai do mundo mesmo sem ter a menor noção de por onde começar, embora seja muito claro em nosso íntimo qual caminho desejamos aprender e trilhar; 

Ser papai de primeira viagem é, indiscutivelmente, desfrutar, de forma inédita, o maior amor do mundo!