A cidade para no desrespeito por parte da administração pública. Somos um país triste. Sempre fomos. A alegria é vendida no cartão postal. Propaganda de televisão. Sorrir num país como esse é chafurdar na dor dos que não tem para onde correr. Somos tratados como lixo. Resíduos. Descartados. Descartáveis. Descartes. Seres humanos em estado de abandono. Não há como reciclar vidas. As Vidas precisam de proteção. Mas podemos reprocessar as palavras na procura de um novo timbre, tom. Outro verbo para gritar e se posicionar contra aquilo que, na fragilidade dos sentimentos, parece ter se tornado comum.
(Mixada com o silêncio de um prefeito que assedia funcionárias e desmonta com a cidade à gargalhada lasciva de quem o elegeu.)
Produzido em parceria com a Elisa Helena Tonon, do coletivo Abrasabarca.
01. lixo - Marcoliva
02. Estamira - Claudia Aguiyrre
03. Memória, tenho - Paulino Junior
04. Para Maria - Telma Scherer
05. Jogue o lixo no lixo - Andri Carvão
06. Chorume - Cátia Cernov
07. Lixo 2978 - Everton Luiz Cidade
08. Sem título - DKG Dekilograma
09. Lixo tóxico - Cris Guimarães
10. Caixa de Fósforo - Demétrio Panarotto
11. Abjeções - Elisa Tonon
12.Conversa com o lixeiro - Coletivo Abrasabarca lendo Carlos Drummond de Andrade
13. Lixo na casa do prefeito - Vitor Pomar
14. Seja bem-vindo - Dazaranha
15. O bicho - Lorenzo Panarotto lendo Manuel Bandeira
Arte: foto performance Flávia Scóz
QUINTA MALDITA #89 | LIXO
Idealização: Demétrio Panarotto
Edição: Marcio Fontoura
Realização: Desterro Cultural - Sintoniza!
Distribuição Digital: Comunave Produções
04 de março de 2021
quintamaldita@gmail.com