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Description

#90QM | NA JUGULAR | QUINTA MALDITA

01 - Fantasia - Maya Falks.

02 - Vinte Minutos e tudo estaria resolvido - Armando Liguori Junior.

03 - Bolha - Divanize Carbonieri.

04 - Corona Classe Média Blues - André Giusti.

05 - Good Vibrations - Daniel Rosa dos Santos.

06 - Parabéns aos envolvidos - Pedro Tostes.

07 - Negacionismo - Telma Scherer.

08 -  Chocolate Quente - Danilo Lumiano.

09 - Taquicardia -Marcio Silva.

10 - O Vampiro - Cristiano Moreira lendo Charles Baudelaire.

11 - Trecho de Vampiro Invariável - Alexandre Guarnieri.

12 - Soro - Rogério Bernardes.

13 - O que falta -  Isabela Penov

14 - Marginália II - Demétrio Panarotto lendo Torquato Neto.

15 - Sem título - Thiago Medeiros.

16 - Manifesto da hora que o coro come - Marcelo da Silva Antunes.

17 - Sou puro plasma da jugular - Adriana Paris.

18 - Vinheta - Lorenzo Panarotto

Arte de capa: Claudio Parreira

QUINTA MALDITA #90 | NA JUGULAR

Idealização: Demétrio Panarotto

Edição: Marcio Fontoura

Realização: Desterro Cultural - Sintoniza!

Distribuição Digital: Comunave Produções

11 de março de 2021

quintamaldita@gmail.com

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Quinta Maldita o que é?

“Quinta Maldita é um programa de versos; 

de vozes também; 

de várias vozes que se misturam, que se tocam, que criam ranhuras;

vocalizações;

e, importante, de corpo, ou melhor, da relação da voz com o corpo; 

daquilo que vem do dizer poético; 

da palavra sendo dita, lida, falada, cantada, dançada;

da palavra junto com instrumentos musicais;

junções melódicas ou não;

com ruídos;

um programa de cores e sotaques; 

ah, e texturas; 

ah de novo, e de crocâncias;

da relação da palavra com quem a ouve, por mais que isso seja uma segunda intervenção; 

da distância entre aquilo que se fala e aquilo que se entende; 

do verbo respeitando a relação com o branco do papel, mas pedindo passagem em sua forma mais bruta, 

às vezes ligeiramente lapidado, 

às vezes sóbrio, às vezes ébrio, às vezes completamente ébrio, 

caindo da boca, com hálito, com muito hálito,

tomando as ruas, as calçadas, os calçadões, os bares, os botecos, as feiras, os palcos,

sendo amplificado por caixas de som ou simplesmente sendo ditos, berrados, gritados,

brigando com os ruídos da cidade, 

ali na cidade bem ali no lugar onde o verbo precisa estar, 

não com precisão, daquilo que precisa ser preciso, mas que pode ser um simples balbucio ou um gaguejar; 

o mal dito também cabe no dizer; 

pode ser do mal falado, mal cantado, mal dançado, mal lido, mas com toda a força do corpo e junto do coração;

das possibilidades e não como impossibilidade moral da moralidade social ou da moralidade acadêmica;  

da palavra que pode ser pensada na sua relação teórica, sem ser presa pela teoria,

sem ser presa nas gaiolas dos protocolos;

vozes e mais vozes;

vozes!”

Demétrio Panarotto