“Palavras Revoltas para desobstruir a mente, desopilar o fígado e mobilizar o ser.”
Paulino Júnior
01 Lu Tiscoski: Deserturas
02 André Mellagi: Cataclismas
03 Ana Luiza Rizzo: Dona Joana
04 Laís Luz: A regra de ouro
05 Lp: Praia Mole
06 Laís Luz: Campo santo
07 Carlos Nogueira: Luanda
08 Ornella Rodrigues : Sem título
09 Odair de Morais: Cenas
10 André Berté: Divague
11 Ornella Rodrigues: Sem título
12 Pedro Stiehl: O tempo
13 Jhonatan Carraro: Querido diário
14 Sengaya: Desobedeça
Artes: fotografias de Cyntia Silva
QUINTA MALDITA #91 | PALAVRAS REVOLTAS IV
https://youtu.be/_ykd1dsHNcM
Idealização: Demétrio Panarotto
Edição: Marcio Fontoura
Realização: Desterro Cultural - Sintoniza!
Distribuição Digital: Comunave Produções
18 de março de 2021
quintamaldita@gmail.com
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Quinta Maldita o que é?
“Quinta Maldita é um programa de versos;
de vozes também;
de várias vozes que se misturam, que se tocam, que criam ranhuras;
vocalizações;
e, importante, de corpo, ou melhor, da relação da voz com o corpo;
daquilo que vem do dizer poético;
da palavra sendo dita, lida, falada, cantada, dançada;
da palavra junto com instrumentos musicais;
junções melódicas ou não;
com ruídos;
um programa de cores e sotaques;
ah, e texturas;
ah de novo, e de crocâncias;
da relação da palavra com quem a ouve, por mais que isso seja uma segunda intervenção;
da distância entre aquilo que se fala e aquilo que se entende;
do verbo respeitando a relação com o branco do papel, mas pedindo passagem em sua forma mais bruta,
às vezes ligeiramente lapidado,
às vezes sóbrio, às vezes ébrio, às vezes completamente ébrio,
caindo da boca, com hálito, com muito hálito,
tomando as ruas, as calçadas, os calçadões, os bares, os botecos, as feiras, os palcos,
sendo amplificado por caixas de som ou simplesmente sendo ditos, berrados, gritados,
brigando com os ruídos da cidade,
ali na cidade bem ali no lugar onde o verbo precisa estar,
não com precisão, daquilo que precisa ser preciso, mas que pode ser um simples balbucio ou um gaguejar;
o mal dito também cabe no dizer;
pode ser do mal falado, mal cantado, mal dançado, mal lido, mas com toda a força do corpo e junto do coração;
das possibilidades e não como impossibilidade moral da moralidade social ou da moralidade acadêmica;
da palavra que pode ser pensada na sua relação teórica, sem ser presa pela teoria,
sem ser presa nas gaiolas dos protocolos;
vozes e mais vozes;
vozes!”
Demétrio Panarotto