Malka Toledano
Fonoaudióloga, Especialista em Distúrbios da Comunicação
Liderança e Maternidade
Neste ano, “o segundo sexo” de Simone de Beauvoir completou 70 anos. Nele, a filósofa traz o conceito do "outro", expondo que a relação que os homens mantêm com as mulheres é de submissão e dominação - a mulher estaria sempre sendo colocada em segundo plano.
Quando falamos de maternidade, sabemos como é ficar em segundo plano. Afinal, a maioria das mães sempre colocar os filhos em primeiro plano. Como você, uma “parteira das palavras”, como se define, pode ajudar às mães a darem voz a si mesmas?
"não se nasce mulher, torna-se mulher" diz Simone de Beauvoir
Assim como não nascemos mães, nos tornamos mães.
Pela sua experiência seja no consultorio, seja na vida prática, como você encara esse processo e quais seriam os marcos de se descobrir mulher e mãe?
A liderança Shakti é pautada em 5 elementos principais: presença, energia - Shakti, integridade, flexibilidade e congruência.
Exercer a maternidade e um exercício de liderança?
Em 1949, Joseph Campbell apresentou um modelo da jornada mitológica do herói em O Herói de Mil Faces, que desde então tem sido usado como modelo para o desenvolvimento psico-espiritual do indivíduo.
Em 1990, Maureen Murdock escreveu The Heroine’s Journey: Woman’s Quest for Wholeness como uma resposta ao modelo de Joseph Campbell.
No modelo de Murdock, podemos identificar a necessidade de nos reconectarmos como mulheres adultas, o famoso “cortar o cordão umbilical”. Esse seria uma verdadeira chamada para o exercício da liderança. Qual a sua visão desse processo e da necessidade de nos conectarmos com nossa mulher adulta. Em que momento você percebe esse chamado, como mãe e mulher?