Sejam todxs bem vindxs ao nosso oitavo encontro! Nós ainda estamos buscando essa tal felicidade. Nessa semana, vamos discutir como o liberalismo e neoliberalismo podem ser vistos como arranjos político-econômicos que têm uma forma particular de operacionalizar a felicidade. Para isso, vamos partir de um estudo de caso: a crise de 1929, a quebra da bolsa de Nova York e a grande depressão. Vamos discutir sobre a crise do capitalismo e, consequentemente, do liberalismo clássico, bem como debater sobre a ideologia que sustenta o sistema capitalista: o american way of life. Um modelo de realização da sociedade e do sujeito alimentado por fábricas e indústrias que produzem mais do que objetos, tecnologias do sujeito a partir do lema: CONSUMA E SEJA FELIZ. Um modelo de felicidade que se tornou hegemônico no mundo contemporâneo. Na segunda metade do século XX, a felicidade volta à agenda pública após um período de hibernação. Esse hiato diz respeito à crise do liberalismo clássico (dentre outros fatores pela crise do capitalismo e pela emergência de outros arranjos político-econômicos) que termina impondo a necessidade de reformulação teórica do liberalismo. Esse retorno à agenda pública é marcado por uma felicidade que reproduz a lógica do neoliberalismo: uma felicidade individualista e empreeendedora.