Qual é a de Lula em relação a Ucrânia?
Estamos vivendo por estes dias umas idas e vindas em relação
a diplomacia brasileira. Coisa maluca.
Veja o que acontece atualmente, hora abraçamos chineses, recebemos
representante russo, condenamos a Ucrânia pela como uma das responsáveis pela
guerra.
Claro que tudo isso nos fez ficar de mal com União Europeia
e Estados Unidos, acusados pelo presidente Lula de financiarem e apoiarem a
guerra na Ucrânia.
Na sequência, por pressão norte americana e europeia, se
pede desculpas e condena a violação do território ucraniano. Vai entender!
Difícil! Ainda mais porque o governo do ex-presidente Jair
Bolsonaro criticou os Estados Unidos, visitou a Rússia e criticou os chineses.
Antes de Lula, parte da postura era idêntica e depois contrária.
As peripécias diplomáticas brasileiras vêm de longa data. A
busca de demarcar poder e influência se dá exatamente na diplomacia. Sem ela,
não se fecha negócios e acordos, não se estabelece alianças estratégicas para
ampliar mercados, forças militares e interesses internacionais sobre os mais
diversos temas.
Há que se ter diplomacia sempre. A grande questão é ao que
ela serve e em que momento está sendo feita. Porque na nossa vida não é
diferente. A gente vive fazendo alianças, promovendo acordos recebendo ou fazendo
visitas e buscando aliados. De vez enquanto, também, gerando inimigos.
Na história brasileira, um dos maiores articuladores e
diplomatas do país foi o Barão do Rio Branco (1845 a 1912). Apesar do título,
suas maiores peripécias diplomáticas se deram na República Velha (1889 a 1930).
Graças a ele se deve a anexação do Acre e a consolidação das
fronteiras do Brasil com a Argentina, nosso maior rival no cone sul. Fora isso,
conseguiu a consolidação do território paraense na disputa com os francesas na
Guiana.
A diplomacia muitas vezes consegue mais vitórias que
inúmeras guerras. Gera prestígio e poder.
Se lembrarmos nossa vida pessoal, o quanto não se consegue
com o que se chama de um bom “networking”. Bons relacionamentos constroem
carreiras e empresas, ampliam negócios.
Logo, se as vezes abraçarmos lados opostos de um conflito e
termos boas relações com os envolvidos em crise não é um problema. Faz parte do
jogo, das negociações, da relação de interesses, do jogo de forças. Mas, a
diferença entre a habilidade e a falta dela é tênue.
Hoje, dia 20 de abril, é o Dia do Diplomat