Vamos deixar de teoria sobre a fé e viver a fé na prática? Esse é o convite que faz o profeta Oseias, formulado oito séculos antes de Cristo e ainda completamente (infelizmente, poderíamos acrescentar) atual. Desde então, a mensagem continua insuperada. Tendemos a ser bons de palavras e ruins de realizações. Crescemos muito, em esperança real em Deus contra a nossa autoconfiança, quando nos encontramos com a crítica contundente e Oseias à contradição entre a fé anunciada e a fé vivida pelo povo que o ouviu. Quando lemos os convites que esse livro nos faz, concluiremos que devemos nos voltar para o Senhor Deus para conhecê-lo cada vez mais como o anseio mais profundo da nossa vida (Oseias 6.1). Ensinamentos para a vida O profeta Oseias, conquanto fale ao povo do seu tempo, tem lições preciosas para a vida de cada um de nós hoje. Eis algumas delas: 1. Devemos avaliar a nossa vida para ver se não estamos sendo infiéis a Deus, apesar do que dizemos e dos que cultos que prestamos a ele, pois culto e santidade devem andar juntos, para que seja adoração celebrada com temor a Deus (Oseias 3.5). 2. Devemos ter interesse em manter comunhão com Deus. Essa comunhão acontece quando: damos ouvidos à Palavra de Deus, mesmo que ela nos confronte (Oseias 4.1); cuidamos para que o nosso relacionamento de Deus não se torne raro ou inexistente (Oseias 4.2); consideramos que o retrato do mundo em que vivemos (e do qual não gostamos) é um retrato de um mundo sem comunhão com Deus (Oseias 4.2-5); reconhecemos que o afastamento de Deus nos destrói (Oseias 4.1-6). 3. Deus nos restaura (como Jesus seria ressuscitado ao terceiro dia). Por isso, devemos aceitar o convite que nos é feito para amar a Deus, mas de modo profundo, não “como a cerração ao nascer do sol” (Oseias 6.4). 4. Deus não quer de nós rituais que nada signifiquem. Deus não se compraz em rotinas religiosas áridas. Deus não tem interesse em que façamos sacrifícios na tentativa de agradá-lo. Deus quer que vivamos pela fé em Jesus Cristo, demonstrada na comunhão com ele e numa vida coerente com esse conhecimento. É o que ele deixa claro quando faz o profeta sussurrar aos nossos ouvidos: “Eu quero que vocês me amem e não que me ofereçam sacrifícios; em vez de me trazer ofertas queimadas, eu prefiro que o meu povo me obedeça” (Oseias 6.6). 5. Embora possamos nos esquecer do nosso Criador, preferindo confiar nos governos ou nas nossas próprias forças e colhamos desolação, Deus mantém o seu amor por nós. Ele nos segura “nos braços como quem pega uma criança no colo” (Oseias 11.4). Enquanto isso, ele procura por ações de fidelidade da nossa parte. AZEVEDO, Bíblia Sagrada Bom Dia